quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

MAR E POESIA


Diante do instante, pairavam no ar fugidias flores de vento...
O sol enegrecia o tempo... E quis voar feito um barco a velas.
Senti a força do espírito momentâneo que se alteava a minha frente
E ele quis medir meu medo com suas palmas de trovões...
O céu desabou... E entendi a música dos oceanos.
...Fui uma vaga arqueada nos corais... E feri os punhos...
Feri a alma... Renasci feito peixe... Peixe do firmamento em caos...

Ah! Mar! Quais olhos em pranto te semearam?
Quais dores foram precisas?
Quem esculpiu a desequilibrada maré que tonteia em teu seio?
Quem e Quando?...Quando surgistes? Qual mãe lhe deu a luz, ou melhor, a água?

Sou quem nunca pude ser... Por culpa tua... Só tua!
E meus pensamentos desencadeiam ventos...
E meus pensamentos te querem ver remar pra longe...
E meus pensamentos amam-te ininterruptamente, como o amor de uma flor pelo sol.

Não! Não deixarei morrer em mim essa angústia... Morrerei primeiro!
Por que sou o temporizador daquilo que não tem tempo e meu destino é seguir incólume
Pelo universo cantando canções de maré cheia...
Sou poeta e o mar é um pedaço de minha poesia...
Sou peixe e o oceano é meu deus...

Agradeço o carinho da colaboração de meu Amigo_Poeta (Ezaqueu Cardoso)

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