amanhã de manhã quando minha rua
não tiver mais este céu de cobertor
e o homenzinho cor de prata lá na lua
for dormir esperando o sol se por,
guardarei a visão iluminada
da paixão que as estrelas na calçada
reteceram com suas luzes sussurradas
nos olhares de uma alma abandonada
aos feitiços e serviços de seu amor...
e braços dados com esta alma embriagada
andarei eu também nu por esta estrada
que passando no cinzento da cidade
vai direto para o bairro da saudade
onde banha de vazio o coração...
e como ela eu também farei do nada
um início de caminho e de escalada
para a história de um novo conteúdo
onde o gene da esperança pode tudo
inclusive construir outra chegada...
Hugo Leal
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