terça-feira, 8 de abril de 2008

ROSAS DOS VENTOS


Peço ao vento
Em Lavandas e lamentos
Que traga um pouco de ti
Nas rajadas mais fortes do outono
Desfolhado e cinzento
Para que através dele [o vento]

Eu te sinta latente
Pelo aroma suave
Das teimosas flores
trazidas do teu jardim
Vermelhos hibíscos
Revelam-me em rubor
O que pensas nas tardes
[já mornas]
Colhendo horas
solitário
Junto aos canteiros
Contando segredos
Apenas as novas
Mudas de
Jaboticabeiras
Que fizestes...
Confidentes das ausências
Presentes, borbulhantes
Que agora movem
Em compasso diferente
Teu coração
Rosa dos Ventos
Que pega carona no
Vôo livre e brilhante
de um colibri
Azul do Sul.

RosanAzul

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