terça-feira, 1 de abril de 2008

MONASTÉRIO


Das poucas reminiscências,
Resquícios imortais que traz
De tempos de outrora
Ela vê com as janelas da alma
Através das grades
De outras janelas
Imagens de um cenário
Na sela de um convento.

Se era noite ou se era dia
Quem se importa
Se tinha sol, se chovia,
Chuva forte, chuva fina
Se tinha vento ou calmaria
Não sabia...

No outro lado do pátio
A grande e majestosa
Igreja fria.
E frio era o banco
Que sentado ela via
O padre
Do convento
Confessor
Tudo sabia...

De longe ele olhava
Seu rosto enrrusbecia
E calada olhava
Cerrava
Os olhos
Do reverendo
amor
Que não sabia
Que sentia a mesma
dor
Que ironia.

Atrás das grades
Da janela
Tudo acontecia
No mistério, do segredo
Tal era o medo
Do querer
Pecar
O saber
Que não sabia
Se doía
Mais a morte
Ou a agonia
De amar quem
Não devia
Nada
À vida
Nada
À morte
Fadada sorte
Que pela janela
Se foi..

RosanAzul....

Nenhum comentário: