sexta-feira, 21 de março de 2008

VOA LIBERDADE....




Vou escrever-te um verso
Usando a pena dos amores esquecidos
Em papel amarelado, envelhecido
De um tempo agora reverso.

Escrevo na boca da noite
Quando os pássaros em cantoria
Anunciam a hora da Ave Maria
Toca-me o sino da inspiração.

São versos singelos os que faço,
Tecidos com o linho dos meus pensamentos
Chuleados com as linhas do tempo
Pregando botões de Rosa, arrematados com laço.

O mesmo laço que nas linhas te abraço
Te deitando no papel, te colocando do avesso
Sob as asas da liberdade, tudo posso e mereço
Não tenho limites, nem fronteiras, até amor eu faço.

E aqui és escrava e prisioneira
Dos meus desejos lascivos
E mesmo em versos improvisos
Te entregas a minha maneira.

Nesse papel eu te amasso
Te beijo inteira. Te exploro,
Devoro,
Com a ponta da pena, em compasso

Te traço dentro de um poema
Onde todos agora podem ler
O que é o desejo de um ser
Quando perde a rima e sai do tema....

Rosana Souza
(RosanAzul)

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