quarta-feira, 12 de março de 2008

FANTASIA




Na sinfonia muda e solitária da noite,
Em solfejos transbordantes de ironia,
Baila sozinha minha ilusão
Fantasiada de sonho.

Os acordes que ouço,
Me vem com o vento
Que sopra contente
Ao som de um piano solitário.


O som desliza suavemente perdido na escuridão.
E me encontra sozinha.
Em meu dicionário.
De folhas brancas.
De letras apagadas
E notas soltas...
Sem berço de mata- borrão.

E em acordes, segue ele navegando a madrugada.
Tocando na minha partitura,
Em adágios soluçantes de ternura...
Solfeja meu sonho na pauta da vida
Que se vê perdida
No contra tempo do compasso.
Pára.
Tropeça e chora, o meu sonho calado;
Em clave de Dor.

Rosana Souza
RosanAzul

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